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Meu Caminho de Santiago. Do Caminho e outras magias

CAMINHO DE SANTIAGO

 

Batizei meu Caminho de “El Camino de los Cuervos e de las Estrellas”. Estrelas porque só vi noites estreladas e Corvos porque, bem…

Em uma tarde de caminhada eu e meu amigo brasileiro Marcelo, andávamos conversando tão distraídos  que perdemos a última flecha indicativa de direção. Estávamos chegando ao fim da estradinha e a opção era: ou voltávamos…sei lá quantos quilômetros, ou nos decidíamos para a direita ou esquerda e corríamos o risco de escolher errado também.

 

CEBREIROTRIACASTELA25.9

 

Paramos pensativos por um instante e observamos dois corvos pousarem há uns vinte metros de nós. Logo depois, um deles levanta vôo e vai para a direita, seguido pelo outro. Eu e o Marcelo nos olhamos e silenciosamente decidimos seguir os corvos. E claro, eles estavam certos. A direção era mesmo aquela!

 

BARBADELO a PORTOMARIN

 

Outros muitos momentos mágicos que aconteceram foram:

  • Uma noite qualquer da minha jornada fui dormir pensando “puxa, amanhã preciso ver se algum peregrino quer uma das minhas duas garrafinhas de água (daquelas que é só puxar o bico para abrir, ótima em caminhadas) porque eu já senti que dá para ficar com apenas uma. Sempre se encontra água no caminho e afinal, uma garrafa a menos significa muito no peso.”

Quando acordamos na manhã seguinte, a primeira coisa que a inglesinha Chloe falou para todos no albergue, era que precisava muito encontrar uma garrafinha de água prática. Eu sorri e disse: “It’s here my dear, it is yours!”

CRUZ 1

Pequena Chloe e Marcelo

  • Em uma outra ocasião, depois de caminhar trinta e cinco quilômetros no mesmo dia, tive uma tendinite brava na canela. Tomei um antiinflamatório e decidi que no outro dia não caminharia. Pegaria um trem, pulando assim um trecho e poupando minhas pernas. Acordei e logo vi o Marcelo, amigão do Caminho, que se ofereceu para me acompanhar de trem de Sahagun, onde estávamos, a Leon.

Beleza, lá fomos nós para a pequena estação de trem, onde esperamos um tempão e nada de trem. E ninguém, deserto. De repente do nada aparece um rapaz que se apresentou como “Miguel” (mais uma magia de Miguel, ver os outros posts) e sem que perguntássemos diz que o trem para Leon não passava ali e que tínhamos que retornar para a cidade anterior e de lá sim para Leon. E assim era, e assim foi.

 

Veja também:

Meu Caminho de Santiago (parte8) Contraste de visuais

 

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